Quem é o agente comunitário de saúde?

Publicação destinada a fornecer orientações, dicas e sugestões que facilitam o trabalho das equipes de agentes comunitários de saúde e de saúde da família. Aborda o trabalho do agente comunitário de saúde (ACS) e sua importância na prevenção das doenças, direitos e deveres constitucionais voltados à saúde e o trabalho estratégico dos agentes e os critérios para ser o ACS. O agente comunitário de saúde (ACS) é capacitado para reunir informações de saúde sobre a comunidade onde mora. É um dos moradores daquela rua, daquele bairro, daquela região. Tem bom relacionamento com seus vizinhos. Tem condição de dedicar oito horas por dia ao trabalho de ACS. Orientado pelo médico e pela enfermeira da unidade de saúde, vai de casa em casa e anota tudo o que pode ajudar na saúde da comunidade. A implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) é considerada uma estratégia transitória para o estabelecimento de vínculos entre os serviços de saúde e a população. É estimulada até que seja possível a plena expansão do Programa Saúde da Família (PSF), ao qual os agentes comunitários são gradativamente incorporados

Cadastramento: conhecendo melhor as famílias

Apresenta informações sobre cadastramento das pessoas residentes na comunidade em que trabalha o Agente Comunitário de Saúde e como preencher a ficha de cadastro da família. Dentro do trabalho da equipe de saúde da família, cabe ao agente comunitário de saúde realizar o mapeamento de sua área de atuação por meio de cadastramento e acompanhamento mensal das famílias, estabelecer o elo de comunicação entre a comunidade e a unidade básica de saúde, desenvolver ações básicas com ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças e participar do processo de programação da equipe. O programa visa essencialmente promover uma integração mais direta e efetiva entre a comunidade e o serviço de saúde local. A proposta básica consiste no esclarecimento da população sobre cuidados com a saúde e seu encaminhamento a postos de saúde ou a serviços especializados em caso de necessidade que não possa ser suprida pelos próprios agentes

Diagnóstico: observando a comunidade

Apresenta o que é diagnóstco, para que serve o diagnóstico da comunidade, o que é diagnóstico demográfico e o que é o diagnóstico sócio-econômico. Apresenta uma entrevista com um Agente Comunitário de Saúde sobre a importância do diagnóstico bem feito. O programa tem sido o centro da atividade em saúde pública. Na prática, o programa viabiliza um reconhecimento do espaço, da população local e do quadro epidemiológico. As áreas do município foram mapeadas para que os agentes pudessem visitar todas as famílias. A Secretaria de Saúde, por meio do programa, estabelece uma relação direta com a população, tendo como base deste contato desenvolvido um diagnóstico das principais carências municipais, incorporado pelas demais secretarias

Microáreas de risco: identificando o perigo

Apresenta o que é microárea, o que é indicador de risco e a identificação dos perigos existentes nas microáreas de riscos, a partir da realização do diagnóstico. Apresenta também visita do repórter do Agente Comunitário de Saúde em uma Microárea de Risco. Microáreas de risco são áreas que possuem fatores de riscos e/ou barreiras geográficas ou culturais (tudo aquilo que dificulta ou impede a chegada das equipes e o contato da comunidade com o serviço de saúde), ou ainda áreas com indicadores de saúde muito ruins. A identificação dessas áreas, pessoas ou famílias que precisam de atenção especial é fundamental para que sejam programadas ações específicas e atividades de acompanhamento permanente àquela comunidade. A necessidade de atenção especial pode ser causada por uma situação de desequilíbrio já existente na área, ou porque tal comunidade está sujeita a situação de maior risco de adoecer ou morrer. A exemplo, uma comunidade que possui muitas crianças que não foram vacinadas, incidência de mesma doença entre os moradores da comunidade, esgoto a céu aberto, casas que usam água de poço, casos de doenças contagiosas

Mapeamento: desenhando a sua área

Esclarece o que é um mapa dinâmico e para que serve o mapeamento. Apresenta a realização de um mapeamento, com a colaboração da comunidade, em uma área de abrangência do Agente Comunitário de Saúde (ACS). Apresenta também entrevista com uma ACS sobre a importância do mapeamento na localização e identificação de agravos e marcos de identificação. Além da ficha e do caderno com anotações sobre a comunidade, o Agente Comunitário de Saúde aprende a fazer o mapa da região, a definir as áreas de abrangência e a adscrição de clientela no mapeamento e territorialização do município, induzindo à organização das ações desenvolvidas pelas unidades de saúde. De forma simples o Agente Comunitário de Saúde desenha símbolos de representação das casas, das ruas, tudo o que existe na comunidade visando vincular o indivíduo ao domicílio, favorecendo a realização de atividades prioritárias de âmbito coletivo, como busca ativa de comunicantes de doença infecciosas, bloqueio vacinal etc. A utilização das legendas no mapa favorece o diagnóstico das condições de vida da população residente, permitindo estabelecer correlações entre estas e os determinantes dos problemas de saúde identificados na população

Planejamento familiar: decidindo o futuro

Apresenta os métodos anticoncepcionais, incluindo os cirúrgicos. Fala da importância do Agente Comunitário de Saúde na orientação sobre sexo seguro. Apresenta entrevistas com pessoas da comunidade sobre planejamento familiar e oferece orientação às famílias para que possam planejar e controlar o nº de filhos. Mostra também como funciona o nosso aparelho reprodutor, informa que o médico deve indicar o método mais adequado e que o homem também participa no planejamento. Mostra que o planejamento familiar é o ato consciente de planejar o nascimento dos filhos, tanto em relação ao número desejado, quanto a ocasião mais apropriada de tê-los. Isto pode ser conseguido por meio de técnicas e métodos anticoncepcionais e de procedimentos para obter a gravidez em casais inférteis. Bom método anticoncepcional é aquele que oferece segurança (protegendo a mulher de uma gravidez e não apresentando riscos à saúde), além de evitar a gravidez, a camisinha é útil para combater a AIDS e as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)

Pré-natal: preparando uma nova vida

Apresenta a importância do pré-natal para a saúde da mãe e do bebê. Ressalta que a gestante deve evitar medicamentos, álcool, fumo ou drogas, principalmente no início da gravidez, e que o pai da criança deve participar em todo o processo. Fala sobre as vantagens das consultas médicas no período da gravidez, sobre a importância do cartão da gestante no acompanhamento da gestação, os cuidados com a alimentação e a importância do aleitamento para a mãe e o recém-nascido, sendo a melhor proteção para o bebê. O Agente Comunitário de Saúde tem um papel central na promoção da saúde na comunidade. Ele atua como facilitador nas reuniões de sensibilização (grupos focais) no período de gestação, também estimula e orienta as mães e famílias sobre o valor do aleitamento materno exclusivo e sobre a importância do acompanhamento pré-natal das gestantes, é ele que acompanha o crescimento e o desenvolvimento das crianças, identificando rapidamente aquelas com desnutrição, e também excesso de peso, e orienta toda a família sobre a importância da promoção da alimentação e nutrição adequadas para a saúde

O resguardo: dando um tempo

Apresenta o que é puerpério (resguardo) e depressão pós-parto. Fala sobre cesariana e da importância do cartão da gestante, assim como da alimentação saudável para amamentar. Também trata do direito à licença maternidade e direitos trabalhistas do homem e da mulher no período de resguardo. Apresenta também entrevista com uma gestante e o que ela faz em caso de anormalidade no período da gestação e do resguardo. Tira dúvidas das mulheres no período pós-parto. No puerpério, a mulher deve receber atendimento clínico e esclarecimentos sobre o retorno à vida sexual, planejamento familiar, incentivo ao aleitamento materno, práticas de puericultura e direitos previstos em lei para as mães que trabalham ou contribuem com a Previdência Social

O recém-nascido: seja bem vindo!

Aborda os cuidados com o recém-nascido. Após o parto o ideal é ter o alojamento conjunto – manter o bebê com a mãe, no mesmo quarto – e iniciar a amamentação exclusivamente com leite materno. É importante manter a alimentação saudável para a saúde da mãe e do bebê que está amamentando. Apresenta a higiene como um dos pontos mais importantes ao lidar com recém-nascido. Ressalta a importância da vacinação e das ações preventivas orientadas pelo Agente Comunitário de Saúde. Os bebês continuam ainda a ser bastante vulneráveis durante a primeira semana de vida, após a qual as suas hipóteses de sobrevivência aumentam significativamente. As doenças mais comuns aos recém-nascidos quase sempre têm cura simples, caseira, mas é preciso encará-las com seriedade. Quando a doença simples não passa com soluções caseiras, o bebê deve ser encaminhado com urgência à unidade de saúde

O cartão da criança: o caminho da saúde

Aborda a utilização do cartão da criança com a orientação do Agente Comunitário de Saúde e o que fazer ao perder os cartões. O acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento, bem como a avaliação constante do estado vacinal são ações prioritárias para garantir a saúde integral da criança e a redução da morbimortalidade na infância. O Cartão da Criança traz informações essenciais sobre a evolução do bebê, com ele é possível acompanhar o desenvolvimento e o crescimento da criança já que nele ficam registrados o peso, as doenças, as vacinas que ela já tomou e aquelas que ainda precisa tomar

Diarréia e IRA: prevenindo e cuidando

Aborda a prevenção e o acompanhamento das doenças mais comuns nas crianças e os sinais de perigo; como fazer e utilizar o soro caseiro – SRO – Soro de Reidratação Oral; os cuidados no crescimento da criança inclusive para se evitar a diarréia e infecções respiratórias agudas (IRA) já que as diarréias e infecções respiratórias agudas continuam sendo as principais causas de doença e motivo de consulta dos menores de cinco anos nos países em desenvolvimento. Apresenta também que medidas o ACS pode tomar contra a diarréia e as IRA em sua comunidade e o que o agente deve orientar as famílias da comunidade para evitarem a automedicação

Adolescência: aprendendo a fazer sexo seguro

Aborda a necessidade de prevenção e acompanhamento das doenças e informações sobre sexo seguro, DST e AIDS e os métodos anticoncepcionais. Há também entrevista com Agente Comunitário de Saúde sobre seu trabalho diário junto aos adolescentes, sendo uma das pessoas mais indicadas para orientar os adolescentes com método de abordagem próprios e a importância do diálogo entre mãe e filha. Apresenta perguntas e respostas sobre sexo e como usar a camisinha

O adolescente e as drogas: uma dupla que não combina

Aborda a necessidade do reconhecimento da droga como inimigo perigoso, principalmente quando se fala de adolescentes que se encontram em fase de transformação, buscando sua identidade, elaborando seus projetos de vida e querendo se auto-afirmar. Este momento deixa o jovem mais vulnerável aos perigos que o rodeiam, entre eles a droga, principalmente se estiverem enfrentando dificuldades de ordem pessoal ou familiar. Um dos maiores problemas enfrentados na sociedade é a utilização das drogas (lícitas – remédios, bebidas, cigarro; ilícitas – maconha, cocaína) pelos adolescentes. Sabe-se que este problema é de difícil solução e as suas causas são várias. O adolescente se droga por vários motivos, dentre os quais se destaca a baixa auto-estima que leva a um sentimento de inadequação, de desajuste diante das várias situações que a vida exige dele. Normalmente ele vê na droga uma fuga dos problemas que ele não quer enfrentar como o relacionamento familiar difícil, dificuldades nos estudos, problemas com os amigos, etc. Aborda também a importância do Agente Comunitário de Saúde na prevenção e na orientação ao adolescente, este deve ser bem informado, para promover um processo de conscientização com o adolescente, que o leve a nem experimentar qualquer tipo de droga

Velhice não é doença: aprendendo com os anos

Aborda a o envelhecimento como etapa natural da vida e os cuidados básicos ao idoso; a importância da família, do exercício físico e de outras atividades saudáveis. Mostra que a terceira idade começa aos 60 anos, e que o envelhecimento não é igual à doença; o que é fundamental para preservar a saúde do idoso, sua participação na vida da comunidade; que problemas de saúde em idosos podem ser diminuídos ou evitados com hábitos saudáveis e que devem se prevenir contra osteoporose e que o Agente Comunitário de Saúde deve-se ter atenção especial aos idosos de risco.

Deficiência física: convivendo com as diferenças / Disabled Persons

Aborda a integração do deficiente físico (e os diversos tipos de deficiências) na sociedade e os cuidados necessários. No Brasil, a maior parte das pessoas com deficiência física, auditiva, visual e mental está alijada do mercado de trabalho e da participação ativa na sociedade. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente". Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não-deficientes. O agente deve estar bem informado sobre os portadores de deficiência em sua comunidade, aprender como orientá-los e incentivá-los a tomar medidas que os ajudem a superar as incapacidades ou as barreiras: sistêmicas, atitudinais e físicas (arquitetônicas, urbanísticas de transporte e comunicação) e indicar à comunidade, as medidas preventivas das deficiências como a paralisia cerebral, a vacina Sabin da poliomielite e os sinais que indicam quando o bebê é portador destas doenças

Deficiência mental mental: respeitando o ritmo de cada um / Mentally Disabled Persons

Aborda a integração do deficiente mental à sociedade com respeito e dignidade e como o Agente Comunitário de Saúde deve agir quando tem casos de deficiência mental em sua comunidade. Afirma que a deficiência mental é um atraso ou lentidão no desenvolvimento intelectual da criança. Aborda as causas mais conhecidas da deficiência mental, a sua identificação e a importância da família e da comunidade no acompanhamento na prevenção e tratamento do deficiente mental

Aids: aprendendo a evitar o perigo

Aborda o papel do Agente Comunitário de Saúde bem informado na prevenção e no tratamento da AIDS. Informa que as doenças sexualmente transmissíveis podem ser prevenidas e curadas e que a AIDS é adquirida por ação de um vírus, principalmente através das relações sexuais. O HIV é transmitido pelo esperma, pelo sangue, pela secreção vaginal e pelo leite materno. Ainda não há cura para a AIDS, mas há como evitá-la e já existem remédios capazes de ajudar o organismo a lutar contra a AIDS. Apresenta também entrevista com prostituta sobre o seu dia-a-dia, assim como situações de risco, as doenças oportunistas e o papel dos jovens multiplicadores

Câncer uterino e de mama: conhecendo e evitando o perigo

Aborda a importância da prevenção anual do câncer ginecológico e de mama e a identificação de outras doenças com o auto-exame mensal. O câncer de mama é curável se diagnosticado precocemente. O câncer no seio começa devagar e pode levar meses ou anos para aparecer. A tendência natural de perceber alterações em qualquer parte do corpo, pode ser reforçada quando se trata de sinais indicadores de câncer de mama. O melhor que toda mulher deve fazer é o auto-exame como demonstrado neste vídeo. Apresenta também a necessidade do acompanhamento e tratamento preventivo e entrevista com Agente Comunitários de Saúde

Educação nutricional: alimentando uma vida saudável

Aborda a importância de hábitos alimentares saudáveis e a utilização correta das vitaminas, assim como dieta especial. O trabalho dos ACS é um exemplo de iniciativa bem-sucedida junto à comunidade. Ele age como um conselheiro e até mesmo como educador nutricional que é a descrição do profissional de saúde, envolvido na educação ou aconselhamento de informações relacionadas à nutrição e/ou aspectos que levam à aderência de um novo comportamento alimentar. A intervenção nutricional tem como objetivo a prevenção de doenças, a proteção e a promoção de uma vida mais saudável, conduzindo ao bem-estar geral do indivíduo. A educação acontece no cotidiano social e também por intermédio de ações de instrução e ensino planejadas por pessoas capacitadas para tal: com orientações sobre conservação e a higiene no preparo dos alimentos, para evitar doenças, que além da quantidade certa é preciso garantir variedade nos alimentos e que as comunidades em que eles atuam podem ser estimuladas a fazer hortas caseiras e comunitárias, estimulando o consumo dos produtos da própria região

Tuberculose e hanseníase: vamos prevenir

Aborda dicas em saúde. Mostra como tomar os medicamentos que curam a tuberculose e a hanseníase e quais os principais sintomas dessas doenças. Informa que o diagnóstico, o tratamento e as demais ações de saúde são direitos do cidadão e a identificação de casos na comunidade é feita pelo Agente Comunitário de Saúde. A hanseníase e a tuberculose são doenças infecto-contagiosas causadas por bactérias transmitidas pela via respiratória. Apesar de curáveis, elas constituem grave problema de saúde pública no Brasil em razão do número de infectados. Muitas pessoas desconhecem que são portadoras dos bacilos transmissores e acabam disseminando a enfermidade. Outras vezes, por se considerarem curados, os doentes abandonam o tratamento. Para deixar de ser considerada problema de saúde pública, a prevalência da hanseníase deve ser inferior a um caso por 10 mil habitantes. As duas doenças podem ser tratadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os medicamentos podem ser encontrados nos serviços de saúde do Brasil.